sábado, 25 de junho de 2011



"(...) ainda que já tenhas voado num manto de purpurinas e vento de Inverno, o meu coração ainda se embala de noite ao som das tuas memórias. (...) E depois descubro que falas comigo como falas com qualquer outra mulher, ou até mesmo pessoa. Coisa que, independentemente do sofrimento, do tempo, da desilusão, da historia, da vida, das circunstancias, eu nunca consegui. Nem o quero, sabes. Porque tu hás-de ser sempre tu. Mesmo que a vida nos separe definitivamente, tu és... tudo. Foste em tempos um diamante em bruto que eu perdi, e quem te encontrou agora, já não vê isso. Mas mesmo assim, se há alguém de quem eu fale sempre a chorar é de ti. Pelas memorias, boas e más, e por o que és agora. E digo-o sem quaisquer criticas morais, porque és o que queres, e eu não sou ninguém para te apontar o dedo. Sou apenas a que vive das ilusões daquilo que foste, de tudo o que te fiz, e do que tu me fizeste também."

Mafalda Macedo

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